Aventais plásticos coloridos com circuitos de osciladores de áudio de frequências variáveis.
Em 2016, estudantes secundaristas saíram às ruas e ocuparam escolas reivindicando direitos. A polícia atuou de forma truculenta na maior parte do tempo e fez uso de sinais sonoros para impedir o sono dos ocupantes e reduzir sua capacidade de permanência.
Alguns autores mencionam o uso de sinais sonoros para seleção de consumidores potenciais dos não-consumidores em espaços comerciais norte-americanos nos anos 1990. O uso de frequências perceptíveis por jovens (população de não-consumidores naquele caso), mas não perceptíveis por pessoas com mais de 30 anos (consumidores potenciais no caso), auxiliava a dispersão dos não consumidores e não incomodava os consumidores potenciais.
Tropa de choque brinca com as duas questões, além de mostrar-se como parangolé sonoro que faz referência ao carnaval e ao trabalho ao mesmo tempo.
Apresentado nas exposições individuais "Escutar Através" na galeria Nello Nuno da Fundação de Artes de Ouro Preto, em 2017, e "Com os Ouvidos mais Atentos que os Olhos", no SESI de Campinas, em 2018.
A série Caixas Pretas é composta por 5 caixas de madeira de 8 X 30 X 16cm pintadas de preto, com perfurações onde estão encaixados funis brancos de plástico e/ou tubos de alumínio e mangueiras de látex de dimensões diversas, contendo uma caixa de som cada. De cada caixa pode-se escutar trechos de uma destas 5 obras: Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos; Vidas do Carandiru, de Humberto Rodrigues; Enjaulado: o amargo relato de um condenado pelo sistema penal, de Pedro Paulo Negrini; Cela Forte Mulher, de Antonio Carlos Prado; e Memórias de um Sobrevivente, de Luiz Alberto Mendes. As prisões brasileiras continuam sendo caixas pretas, fechadas, silenciadas, sempre abordadas de uma perspectiva do poder estatal. Aqui se propõe uma escuta das vozes que são continuamente silenciadas pelo próprio sistema prisional e pelo estado brasileiro. A Escuta limitada, através dos aparatos, ora compartilháveis, ora individuais, espelha a dificuldade de penetração destas questões na mídia e no pensamento.
A série Caixas Pretas foi exposta no SESC em Belo Horizonte, na galeria Nello Nuno, em Ouro Preto, em 2017, na coletiva Post Colonial Frames, na #BSide Gallery, em Treviso, Itália, no SESI de Campinas e na Secretaria de Estado da Cultura de Sergipe.
Duchamp Revamped é composto por uma roda de bicicleta, banco de madeira, ferragens e vidros de medicamentos. Embora, ao ser incluído em meio a outros objetos sonoros, solicite a interação, esta não era a intenção do trabalho.
Como solução, montei outra versão do trabalho, intitulada Sillon Fermé, onde uma estrutura de madeira e um parafuso serviam de "braço" para o "toca-discos" em loop contínuo. Esta versãoo foi mostrada na exposição Aqui e Agora, selecionada pelo edital do SESC-MG e montada no SESC-Venda Nova, em Belo Horizonte, entre junho e setembro de 2017.
Os grupos ou famílias da série Em Familia são compostos por objetos de materiais e funções semelhantes, mas com formas e sonoridades individais, agrupando-se em instrumentos musicais inusitados manipuláveis pelo visitante – os objetos são percutidos por pêndulos que se prendem ao teto do espaço expositivo. A obra se ocupa de objetos que incitam o olhar – até mesmo em seu aspecto tátil - mas privilegia a escuta. Sua primeira montagem expôs sete grupos: 10 vasos de cerâmica, 5 bacias esmaltadas, 33 tigelas de porcelana, 29 copos de vidro, 31 taças de vidro, 14 peças de vidro decorativas, e 7 peças de porcelana antigas. Posteriormente, houve montagens com um, três e quatro grupos. Em Família solicita a interação do visitante, que pode manusear os pêndulos e percutir as peças, para a composição de músicas efêmeras e improvisadas.
Exposta pela primeira vez na coletiva Cartografias Sonoras, financiada pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, no Espaço do Conhecimento, Belo Horizonte, entre novembro de 2016 e fevereiro de 2017, onde foi realizado um "microconcerto" com a participação dos demais artistas da exposição.
Posteriormente, fez parte das exposições Aqui e Agora, Escuta Tátil e Escutar Através.
Ficus foi composta como uma caminhada sonora em que há uma sobreposição de sons gravados e experiencia do espaço.
A caminhada foi realizada à noite, na avenida Bernardo Monteiro, em Belo Horizonte. Nesta avenida estão árvores de ficus centenárias que foram condenadas e, em parte, desfiguradas, pela prefeitura da cidade sob o argumento de que estariam fadadas à morte pela infestação de "moscas brancas".
O arquivo de áudio se sobrepôs, através da escuta com fones de ouvido, aos sons do espaço, deslocando a experiência cotidiana do local e propondo uma "recuperação" sonora de suas paisagens, mesclada a interpelações sutis para interação com o espaço e a situação atual.
Cela foi composta como uma caminhada sonora em que há uma sobreposição de sons gravados e experiencia do espaço - como Ficus.
A caminhada foi realizada à noite, dentro do Museu dos Militares Mineiros, em Belo Horizonte. O espaço se restringia a um grupo de salas no subsolo do prédo histórico que abriga o Museu e que fora utilizado como cárcere para militares, antes da instalação do Museu.
O arquivo de áudio se sobrepôs, através da escuta com fones de ouvido, aos sons do espaço, deslocando a experiência do local e propondo uma revisitação a sua origem sonora, criando possíveis interações entre o ouvinte, os "detentos" e o espaço.
De certa maneira, cria um espaço sonoro imaginário que delimita uma situação de escuta transformadora do espaço real.
Realizada no Instituto Oi Futuro/BH, como parte da programação do Noturno nos Museus 2014, Rumores é uma performance multimídia com trilha sonora ao vivo utilizando objetos do cotidiano para a produção de sons e processamento digital em tempo real. Os vídeos foram editados por mim a partir de imagens da cidade de Belo Horizonte originadas das mais diversas fontes: vídeos da internet, produção de oficinas que ministrei, fotografias, imagens antigas e atuais. Rumores é uma narrativa sobre questões ligadas aos modos de ocupação da cidade, a visibilidade de seus habitantes, a relação entre as diversas instâncias de poder em seu dia-a-dia, os ruídos e murmúrios que a cidade produz. Os objetos utilizados como fontes sonoras incluem: panelas de alumíno e respectivas tampas; água; correntes; pedaços de madeira; bolas de plástico e de vidro; jarros de vidro; diversas baquetas, entre outros. Alguns vídeos com o registro do som da performance podem ser vistos no link.
A série Paisagem Imaginária é composta por esculturas sonoras originadas na pesquisa com materias descartados, ferragens, marcenaria, entre outros, aglutinados em formas estéticas que podem ser manipuladas e com isso produzem sonoridades particulares. Cada obra solicita a interação de uma maneira diferente, assim como é composta por materiais específicos. Fizeram parte da exposição de mesmo nome na galeria do BDMG Cultural/BH, 2013; 19º Salão de Pequenos Formatos UNAMA, 2013/14, Salão de Arte Contemporânea de Santa Bárbara/SP, 2014, Escuta Tátil, UFSJ, em São João delRei, 2017 e Escutar Através, Galeria Nello Nuno - FAOP - Ouro Preto, em 2017.
Da esquerda para a direita e de cima para baixo: móbile, fonemas, mesas de luz, todo ouvidos, botica, nexos, realejo, jardim das delícias, e genuflexório.
.Ambiente Sonoro foi uma performance sonora realizada na Mostra de Design 2012, no prédio do Iepha MG. Utilizei tampas de panela de alumínio, microfones de contato, arco de violoncelo, osciladores de frequência, peça de máquina de lavar roupas, paisagens sonoras pré-gravadas e processamento digital em tempo real.
Não há registro sonoro da performance.
Performance multimídia realizada no C.O.M.A. - Conexões Exploratórias em Música e Performance Híbrida em 2011.
Vídeos montados montados para as composições musicais, a partir de diversas fontes (internet, filmes, gravações pessoais) + música ao vivo/elementos pré-gravados. Espaço 104, em Belo Horizonte, 2011.
Atlas Ambulante - Livro de Renata Marquez e Wellington Cançado. Exposição no Museu de Artes e Ofícios, 2011. Fiz partituras para as paisagens sonoras dos 4 ambulantes do livro, bem como desenho das partituras gráficas e texto explicativo intitulado Partituras. Além disso, fiz a captação de som direto e mixagem de áudio para o DVD encartado.
"O ATLAS AMBULANTE é formado pela experiência da cidade de Belo Horizonte do ponto de vista de seis ambulantes: Antônio Lamas, vendedor de biju, Osmar Fernandes, amolador de facas, Robson de Souza, vendedor de pirulitos, Jefferson Batista, vendedor de algodão doce e Agnaldo e Marlene Figueiredo, empalhadores e restauradores de cadeiras".
Apresentação multimídia de Madame Souza, formado por mim e Adriana Galuppo. Canções pop + vídeos. Usamos loops de fita K7, samples de vitrola (a Aiko da foto), computador, instrumentos acústicos e vídeos realizados em high e low tech. A apresentação foi no Oi Futuro/BH em 2010.
Performance multimídia com vídeos montados a partir de diversas fontes - imagens de Belo Horizonte (internet, filmes, gravações pessoais) + música ao vivo/elementos pré-gravados. Os vídeos foram montados para as composições musicais. VIII Congresso do Centro Iberamericano de Desarollo Estratégico Urbano, Museu Abílio Barreto, em Belo Horizonte, 2010.
Intervenção sonora realizada no Festival Eletronika, 2010, em frente ao prédio da Escola de Arquitetura da UFMG. Utilizei samples e paisagens sonoras pré-gravados, mixagem ao vivo e processamento digital. O texto sintético do folheto foi redigido pela produção do evento... Nem sempre dá certo.
Não houve registro da performance em vídeo ou áudio.
Butterbox é um pseudônimo que utilizei para realizar algumas apresentaçoes multimídia (Casa do Baile e na UNILESTE, em 2006; FILE, em 2009) e lançar 2 EPs por Netlabels.
Butterbox - Diving foi apresentado no FILE - Festival Internacional de Linguagens Eletrônicas Hypersônica Screening, 2008/2009 em São Paulo e no Oi Futuro/Rio de Janeiro. A proposta do trabalho é experimentar conexões entre música e vídeo, criando trilhas imagéticas para composições musicais. Utilizei paisagens sonoras, found sounds, instrumentos acústicos e processamento digital. Os vídeos foram editados utilizando materiais de fontes diversas: internet, registro pessoal, filmes, etc.
Jantar para Kazuo
"Homenagem a um dos fundadores da dança Butoh, esta “webvideoperformance” constitui uma experiência intermídia aberta, que articula performance, video, dança, internet e interação com o público" (Rodrigo Campos). O evento fez parte do projeto Oi Cabeça, do Oi Futuro, em 2008 e do Projeto Arte Transversal, dirigido por Rodrigo Campos.
Utilizei trechos de composições do universo de Kazuo manipuladas em tempo real, samples de paisagens sonoras e de outras composições musicais do meu universo de referências, bem como processamento e mixagem ao vivo. Era necessário responder às solicitações via internet (pedidos de trechos musicais e paisagens sonoras), manipulá-las ao vivo e manter o diálogo com os demais performers.
.não macule a minha faca.
Coletivo formado por mim, pelo artista Julius e pela poeta Letícia Féres. O coletivo realizava performances multimídia em que mesclava poesia, vídeo e som. Fizemos apresentações no Terças Poéticas do Palácio das Artes/BH - homenagem a Hilda Hilst, em 2007, no projeto Oi Cabeça do Oi Futuro - Photomaton & Vox de Herberto Helder, em 2008, e no Dia Cage, na Escola Guignard em 2009.
Butterbox é um pseudônimo que utilizei para realizar apresentaçoes multimídia (Casa do Baile e na UNILESTE, em 2006; FILE, em 2009) e lançar 2 EPs por Netlabels estrangeiros. Os EPs são compostos por músicas instrumentais simples, misturando instrumentos acústicos e eletrônicos. As apresentações utilizavam vídeos que editei a partir de fontes diversas. A proposta era transportar a mise-en-scène do músico para as imagens na tela e, ao mesmo tempo, executar uma forma de trilha ao vivo para os vídeos. Não há registro das apresentações, embora a primeira tenha sido na área externa da Casa do Baile, em Belo Horizonte, com projeção na parede do palco circular. Além dos dois EPs por netLabels, produzi mais dois que podem ser ouvidos e baixados nos links.
Fotografias: Adriana Galuppo, Cecília Pederzolli, Frederico Pessoa e Marcelo Cândido.
Do Modo da Existência dos Objetos foi uma micro-exposição individual realizada na Casa da América Latina, na UNB.
Fizeram parte da mostra algumas esculturas da série Paisagem Imaginária e um grupo da série Em Família.
Com os Ouvidos mais Atentos que os Olhos foi uma exposição individual realizada no SESI de Campinas.
Fizeram parte da exposição a série Em Família, esculturas da série Paisagem Imaginária, a série Caixas Pretas, bem como as obras Tropa de Choque e Duchamp Revamped (ou Sillon Fermé).
Post Colonial Frames foi uma exposição coletiva realizada na #B Side Gallery em Treviso, Itália. A exposição trazia uma série de artistas das Américas, explorando diversas linguagens. A obra apresentada foi a série Caixas Pretas.
A #B Side Gallery realiza o projeto #BSide War Project, com trabalhos de artistas do mundo todo abordando temas políticos.A próxima edição, em 2019, contará com as Caixas Pretas.
Soundpedro é um festival de apresentações multisensoriais orientadas
para a escuta (ear-oriented multisensorial presentations) que acontece no
Angels Gate Cultural Center em Los Angeles, desde de 2017, e é organizado
por um grupo de artistas locais, o coletivo FLOOD. Em 2021, tendo em vista
a pandemia, todas as apresentações foram online. Participei com dois
vídeos: What can you do? e Your Song. O primeiro entrou na categoria
VBODOBV (Virtual BreakOut During the OutBreak Videos) - “videos sonoros
que respondem, de maneiras pessoais e diversas, a ideias sobre (e
experiências com) o som e a percepção aural”. O segundo, na
Earmaginations (imaginações aurais) - “os videos da Earmagination são
visualizações, sem trilhas sonoras, que respondem a experiências e ideias
acerca da auralidade e da surdez, assim como acerca dos modos de ouvir
e escutar”.
Your Song é sobre os protestos realizados nas ruas de Belo Horizonte, Brasil, em 2013. Ao mesmo tempo, é sobre qualquer
protesto, qualquer reunião nas ruas para se manifestar pelos direitos e pela democracia. Estar na rua como grupo, onde os
corpos se movem juntos, punhos erguidos, segurando cartazes, de mãos dadas, mostrando rostos, delimitando um território
ocupado por nossos corpos em movimento, criando ondas de gestos e sons. Os protestos projetam formas peculiares de estar
juntos e definem pulsos, ritmos e melodias particulares que unem as pessoas. Criam espaço para que múltiplas vozes e tons,
sotaques e línguas diferentes se façam ouvir. O protesto é um momento de construção de uma unidade na diferença, que pode
ser vista, escutada e sentida. Podemos perceber isso no fluxo das imagens que compõem Your Song.
Como força complementar, mas que ao mesmo tempo se opõe ao fluxo de energia nos protestos, está a polícia: um forte
símbolo do poder do Estado. A presença da polícia é a certeza do conflito entre as forças: Your Song também é sobre esse
conflito. Podemos sentir os movimentos e os contra-movimentos tanto quanto podemos 'ouvi-los', mesmo sem o som real. Os
flashes das bombas, o gás, as pessoas correndo, os cavalos, os braços para cima, os escudos - uma multiplicidade de ritmos,
sensações e experiências que nos afetam enquanto observamos essas imagens.
O título do vídeo faz referência à conhecida música de Elton John, não só por ser uma homenagem a uma pessoa como o vídeo é
uma homenagem àqueles que colocam seus corpos nas ruas diante da ameaça das forças opressoras. Mas também porque a
música está lá, nos movimentos e eventos que vemos no vídeo. Uma música estranha, talvez, mas ainda assim uma música que
pode nos mover, nos fazer dançar quando nos encontramos na rua e reunir toda aquela energia e canalizá-la para mudanças,
mesmo que tenhamos que enfrentar o contrafluxo de poder e status quo.
What can you do? é, em primeiro lugar, sobre as possibilidades de conexão entre imagem e som. O componente sonoro é
construído com diferentes materiais que viajam no espaço e seus diferentes timbres e texturas alertam nossos ouvidos para
o espaço que constroem, seguindo seus fluxos, ritmos e mudanças. Ao mesmo tempo, as imagens se alternam
rapidamente, solicitando que compreendamos uma avalanche de signos com diferentes formas, textos, cores, tamanhos e
mensagens. Como unir em um todo o fluxo contínuo do que vemos e do que ouvimos, a constante reformulação do diálogo
entre sons e imagem?
O vídeo é também sobre as limitações que nos colocamos nas escolhas que fazemos em relação às informações que vêm
dos nossos sentidos, já que tendemos a hierarquizar o que vem deles ao tentar compreender o mundo. Aqui, vacilamos ao
tentar ordenar e hirarquizar o que sentimos e pensamos enquanto escutamos/assistimos o vídeo. Aqui a ideia de curto-
circuito é primordial, pois o trabalho tenta provocar uma espécie de curto-circuito em nossa forma culturalmente construída
de sentir as coisas.
Ao mesmo tempo, o que você pode fazer? É sobre leis, sobre controle externo e sobre responder a esse chamado externo de
forma subserviente. Somos domesticados não apenas em nossas ações, mas também na maneira como pensamos e
processamos o que vem do mundo exterior. Tendemos a permitir que a linguagem domine o mundo dos sentidos e que a
racionalidade seja a voz de comando de nossos corpos. What can you do? nos coloca em conflito para provocar uma
abertura, uma fresta, através da qual talvez possamos perceber que existem outras formas de nos conectarmos com o
mundo.
Panoramas EXP 2021 VIII SIIMI e Balance-Unbalance foi
uma exposição organizada pela Universitat Politécnica
de Valencia, Balance-Unbalance e o MediaLab/BR. Foram
apresentados trabalhos em vídeo, estéreo e multicanal
no espaço expositivo da Universidade, em Valencia.
Participei com o vídeo Displacement (deslocamento),
com som estéreo. O video pode ser visto através do link.
Sur Aural é um festival organizado por um grupo de artistas
sonoros da Bolívia que está em sua terceira edição, sob o
título Sanar/Sonar. O festival seleciona e veicula peças
sonoras (música eletroacústica, paisagens sonoras,
documentários sonoros, etc.) através de sua rádio online e
em parceria com a radio Tsonami, do Festival Tsonami do
Chile. Participei desta edição com a peça eletroacústica
Telhado de vidro, composta a partir de improvisações em
copos e taças de vidro e processamento digital. A peça pode
ser escutada através do link.
Monteaudio é um festival internacional de arte sonora
organizado por um grupo de artistas sonoros da
Universidad Nacional de Quilmes, no Uruguai, que está em
sua 9ª edição. Participei com peças individuais na primeira
parte do festival, em novembro/2021, e com uma peça
composta em parceria com Luis Marisquirena, do Uruguai,
na mostra oficial em dezembro de 2021, a qual integrava
uma obra coletiva maior, intitulada Opera +.
Algumas das peças podem ser escutadas através do link.
AIR foi um “espaço de rádio colaborativo criado em resposta à
26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas,
realizada em Glasgow neste ano. O foco eram as questões
ecológicas e os impactos das ações humanos sobre seu entorno,
tanto em transmissões em tempo real quanto em peças pré-
produzidas que abordassem o tema. AIR ou As If Radio, é um
projeto do Acoustic Commons, um projeto cooperativo focado
principalmente na transmissão sonora em tempo real de
paisagens sonoras, com a finalidade de chamar a atenção para
as sonoridades únicas de localizações geográficas na Europa e
em outros países. Participei com duas peças: uma paisagem
sonora gravada em Ouro Preto e uma peça composta a partir
dos sons das locomotivas da Vale S/A em trânsito no centro de
Belo Horizonte, durante uma noite. Falar de cada uma
As peças podem ser escutadas através dos links.
Santonoise é um festival de “arte sonora e músicas extremas”
que acontece em Córdoba, na Argentina, organizado por um
grupo de artistas de diversas nacionalidades (inclusive,
brasileira) e está em sua 12ª edição. Esta edição teve parte das
apresentações presenciais e parte online, incluindo
performances em tempo real e videos pré-produzidos.
Participei com uma versão do vídeo What can you do estendida
especialmente para o festival.
A música pode ser escutada e vista através do link.
Sonido y movimiento é um festival internacional que acontece
no Equador, organizado e sediado na Escuela Superior
Politecnica del Litoral, e está na sua 9ª edição. O festival conta
com aulas, discussões e apresentações sobre temas ligadas à
música e à dança, em suas mais diversas formas. Participei
com o trabalho selecionado para a mostra Share your track
(músicas+imagens), A espuma dos dias.
A música pode ser escutada e vista nos links abaixo.
Tsonami é uma organizacão de Valparaíso, no Chile, que se dedica ao
fomento, desenvolvimento e promoção das práticas sonoras
contemporâneas e produz, desde 2007, o Festival Internacional de
Arte Sonoro Tsonami - residências, apresentações, discussões,
intervenções urbanas, e radio.
Neste ano, o festival abriu espaço para propostas radiofônicas que
articulassem formas de ativismo sonoro, práticas de escuta e de ação
sonora políticas e ecológicas. Participei com duas peças: Humanos y
no humanos (ou a dissonant song composed by birds and cars singing
in the early morning) e É desses pequenos grãos que a polícia constrói
seus monumentos de miséria.
Ambas podem ser escutadas através dos links abaixo.
Esta peça sonora é um registro sintético da manifestação
de julho contra o personagem que ocupa a cadeira da
presidência entre 2018 e 2022, realizada em Belo
Horizonte. O título vem de uma das canções de protesto
improvisadas pelos diversos grupos que saíram às ruas
com seus corpos, suas vozes e seus tambores em um
lindo e contundente ato pela democracia.